terça-feira, 11 de junho de 2013

O regresso ao velho continente

O ferry e a sensação de estar em casa já estão perto! Entre todos, mesmo estando a adorar a experiência, reina o desejo de atravessar novamente para a Europa! E vai ser hoje! Está decidido! Faltam poucos km até Tanger e com o Atlas já para trás, a estrada não nos deve reservar grandes dificuldades.
 

A areia deu lugar a erva...
 

... e a árvores que não são palmeiras!
Os km foram passando e o ferry do meio-dia foi dado como perdido… Bem, já que agora ganhamos algumas horas de margem até ao próximo, mais vale parar e almoçar por aqui. E pela primeira vez nesta viagem paramos num talho/café/restaurante. Sim, daqueles com a carne pendurada cá fora, exposta a… bem, exposta a tudo! Ora bem, e o que vai ser o almoço? Precisamente: carne! E que bem boa estava! E ao ser assada desaparecem quaisquer impurezas, ou pelo menos, ficam mais crocantes… Proteína alguém lhe chamou...
Toca a fazermo-nos ao caminho, que ainda temos uns km até Tanger. Estes últimos km fizeram-se muito bem, sem nenhum problema. Chegar ao porto em Tanger não é complicado, desde que se tenha o mínimo de sentido de orientação. Basta entrar na cidade e rumar para a avenida marginal, depois, é impossível perder o porto.
Desta vez, já estávamos preparados para os pedinchões dos funcionários e já sabíamos como se processava a burocracia de entrada. Afinal, eu e o Conde até já o tínhamos feito!...
 
Mais sujos, mais cansados e com menos € na carteira.
Mas com o mesmo sorriso de há uns dias e muito mais ricos!
Antes da fronteira fomos trocar os poucos Dirhams que restavam e depois foi entrar, carimbar passaporte, entregar o papel da mota, passar pela Polícia e aí vamos nós para a fila do ferry! Fácil, sem “desperdiçar” dinheiro e sem nenhuma confusão! Se voltar a Marrocos, já não me apanham desprevenido!

Uma marca de motos. Uma marca de capacetes. Temos gostos simples, não?
Agora é atravessar para territórios conhecidos e depois iniciar os longos km que nos separam de casa. O regresso será apenas mais uma série de km e horas seguidas na estrada… O tempo para chegar a casa já não abunda e todos queremos uns dias para descansar antes de iniciarmos o trabalho… As férias passaram bem depressa… Acontece sempre isto… Se demorassem tanto tempo a passar como demoram os dias anteriores à partida é que era bom! Mas o regresso também tem coisas boas: começa-se a falar de novos destinos! “Este já está! Mais um sonho! Qual é o próximo?”

A patine no seu máximo!

E para mim, acabou assim... Uns milhares de km depois.
 
E pronto! Marrocos começa a ficar para trás… O mar está complicado. Está muito vento e as ondas não dão descanso ao ferry nem aos passageiros… Aproveito para dormir (descobri ser a melhor forma de fazer a travessia).
Pelos intervalos da ondulação consegue-se ver as montanhas marroquinas. Cada vez mais longe…
Espanha cada vez mais perto…
Atracamos. Espanha!

Marrocos vê-se ao longe...
Foi uma excelente experiência, da qual todos tiramos algo que nos mudou, mas agora é uma imagem no horizonte... E é também uma maravilhosa recordação que nos acompanhará por muito tempo. Para sempre, talvez?

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