terça-feira, 11 de junho de 2013

Deserto, dunas e piscina

Depois de uma noite de repouso, apenas interrompida de madrugada pelos altifalantes da mesquita mais próxima, a relembrar os mais distraídos que chegou a hora da oração, lá partimos para a visita às Gorges du Todra, uns km à frente de onde ficamos a dormir.


Em plenas Gorges du Todra

Se o Dadès não me surpreendeu particularmente, já o Todra me deixou de boca aberta! É impressionante andar num “rasgo” do terreno com dezenas, centenas de metros! Parecemos formigas no meio de toda aquela grandiosidade!


Está de parabéns!


Km e km e km...
 
A fauna local


Um registo da menina em territórios magrebinos


Transporte de passageiros por aqui...


Modo "cruise"...
  
E, apesar da jornada de estrada se adivinhar pequena, a verdade é que hoje, pela primeira vez, estávamos com alguma vontade de fazer depressa os km e chegar ao destino! Hoje era dia de ir para perto de Merzouga e ficarmos alojados no Auberge du Sud! E ainda com direito a piscina, muito repouso e uma noite no deserto em acampamento, com algumas horas de passeio (tortura?) de camelo.


A areia já começa a invadir a estrada


"Despacha-te!! Os 37 são à sombra e nós estamos ao sol!"


A mota? Como peixe dentro d'água. O condutor? Nem por isso...


Já não chega o calor, a areia e o pó e ainda tinha de me enganar?


Lindíssimo! Parecia uma imagem de Marte.


Quase a chegar. Mas só quase...


Algumas mazelas depois: Chegamos!


Depressa chegamos ao desvio para a pista que nos levaria ao Auberge. E os km que nos separavam de uma piscina maravilhosa não eram muitos e até se fizeram com alguma rapidez. Bom, sem contarmos com um pequeno engano num cruzamento de pistas e um deslize nada importante numa “poça” de areia. Mas como não há provas documentadas de nada disto, chamemos-lhe apenas ficção e passemos à frente…

 

Deserto... E ainda assim, cheio de beleza!


Uma piscina com estas vistas?
Os 3 artistas de molho!

E aí vamos nós para o acampamento nas dunas.


E não é que o lenço funciona muito melhor que o chapéu?!


A caravana...
  
Por fim: Auberge du Sud! O que dizer… Fantástico! Recomendo vivamente! No dia de chegada era o dia de ir para o deserto, para o meio do Erg Chebbi, jantar e dormir num acampamento berbere. Chegar de viagem, transpirados e ficar a fazer horas até ao final da tarde? Nada disso! Emprestaram-nos um local para guardar todo o material e onde nos mudamos e fizemos a mochila para levar para o deserto. E assim, ainda deu tempo de ir umas horas repousar na maravilhosa piscina com vista para as dunas e uma sensação de paraíso que é indescritível! 
 

Parece um bichinho "perdido" algures a meio de um passo evolutivo... Uma cobra a ganhar patas e ficar lagarto? Ou um lagarto a perdê-las e ficar cobra?


A toda a volta... Só areia.


A subida à grande duna


Os vários acampamentos.


Panorâmica tirada (quase) do alto da Grande Duna.
(sempre em frente ficará a Argélia! Não muito distante do final das dunas)

 Ao final da tarde, um passeio “muito agradável” de quase duas horas levou-nos ao acampamento, na sombra da Grande Duna. Chegados aos nossos “aposentos “ para a noite, foi só deixar malas e partir numa tentativa de subir (escalar talvez seja o termo mais apropriado) a Grande Duna e ver o pôr-do-sol e todos os efeitos de luz e sombra que faz na areia laranja do Erg Chebbi. Bem, tentar tentamos… Teimoso como sou, quando o resto do pessoal se cansou e se deixou ficar para trás, achei que tinha mesmo de ir lá acima. Devo ter ficado a uns 10 ou 15 metros do topo. A subida não rende… Sempre pela crista, cada passo, cada custoso e pesado passo, não faz avançar mais que uns centímetros… Completamente esgotado e com areia em todo o sítio imaginável, achei melhor descer… Foi fácil… Uns quantos saltos pela encosta da duna e estou cá em baixo. E mais do que pronto para me esticar nos colchões em frente à mesa e esperar pelo jantar!

A nossa "sala" de refeições.
 
O excelente ambiente e a boa disposição destes rapazes! Contagiante!
 
Muito pão, a nossa perdição neste país, uma bela Tagine e o insubstituível chá de menta fizeram mais uma bela refeição. Depois, e por umas boas horas, a animação dos nossos amigos marroquinos transformou o serão numa bela sessão musical. Até o Malhão se tocou e cantou por ali! O Malhão no meio do deserto, às portas do Sahara? Só em Marrocos! O país onde tudo é possível, onde toda a gente com quem nos cruzamos nos tentou fazer sentir em casa, sempre bem recebidos e seguros. O país que primeiro estranhamos, quando uns dias antes descemos pela costa atlântica e que agora se estava a tornar um local inesquecível. Um país onde se toca o Malhão à volta da fogueira no meio das dunas.


Panorâmica da Grande Duna.


O sol a projetar as primeiras sombras.


Os primeiros raios de sol.


Padrões oferta do vento.
Mais um belo passeio de camelo pela manhã cedo depois de um despertar madrugador para ver o sol a nascer no deserto, e eis que estamos de volta ao Auberge! Esta noite ainda ficamos por cá! Um merecido repouso depois de alguns km. Fazer férias de moto não significa para nenhum de nós passar todo o dia, todos os dias, na estrada. Este descanso permite por o sono em dia, relaxar na piscina e basicamente… não fazer nenhum!

Está mesmo a pedir, não está?

Inesquecível!

A receção!

Última noite. Últimas fotos.

Antes de mais um jantar inesquecível e muito divertido!
Mas como tudo o que é bom acaba, esta nossa pausa chegou ao fim! A partir de aqui o rumo terá de ser sempre para Norte, de regresso a casa. 

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